Apoie

IX Semana dos Acadêmicos Indígenas da UnB 2025

IX Semana dos Acadêmicos Indígenas da UnB 2025

De 14 a 17 de abril, a Coordenação da Questão Indígena da Secretaria de Direitos Humanos (Coquei/SDH) da UnB, em parceria com a Associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (AAIUnB), realizará a XV Semana dos Acadêmicos Indígenas da UnB 2025.

A IX Semana dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (UnB), com o tema “Futuro Ancestral: a ciência indígena como resposta às mudanças climáticas”, propõe um espaço de reflexão e diálogo sobre o papel dos conhecimentos tradicionais na busca por soluções sustentáveis para as crises ambientais contemporâneas. O evento reunirá acadêmicos, pesquisadores e lideranças indígenas para debater a interseção entre saberes ancestrais e ciência moderna, destacando práticas e tecnologias desenvolvidas pelas comunidades indígenas na preservação dos ecossistemas e no enfrentamento das mudanças climáticas. Além das mesas-redondas e palestras, a programação contará com oficinas, exposições culturais e momentos de troca de experiências, reforçando a importância da valorização e do protagonismo indígena na construção de um futuro sustentável.

Clique aqui para apresentar a exposição de Trabalhos Acadêmicos dos Estudantes Indígenas da UnB na 9ª SEMAI 2025


A Semana dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (SEMAI) é um evento que celebra a importância da presença indígena na Universidade de Brasília (UnB), uma conquista que remonta ao ano de 2004, tornando a UnB uma das instituições pioneiras na implementação de políticas de ações afirmativas.

    A 9ª edição, em 2025, aborda o tema “Futuro Ancestral: a ciência indígena como resposta às mudanças climáticas”, destacando a relevância e a importância dos saberes tradicionais indígenas na mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Esse enfoque visa fortalecer a luta dos povos indígenas pela preservação do meio ambiente, ao mesmo tempo em que valoriza o conhecimento ancestral como uma ferramenta essencial para enfrentar os desafios climáticos contemporâneos.

    Objetivo


    A pertinência deste debate é acentuada pelos eventos recentes que ilustram a gravidade da crise climática no Brasil. Em 2024, durante a realização do XI Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas (ENEI) na Universidade de Brasília, a fumaça resultante das queimadas impediu a realização do evento conforme planejado. Esse incidente ressalta a urgência de discussões e ações em torno das mudanças climáticas e a necessidade de integrar as perspectivas e soluções indígenas para construir um futuro sustentável.

      Ao longo de seus 20 anos de existência, a Associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (AAIUnB) enfrentou inúmeras batalhas, desafios e momentos de resistência. Contudo, é inegável que também houve grandes avanços, como a conquista da construção do Centro de Convivência Multicultural dos Povos Indígenas da UnB – Maloca. Este espaço, que completa 11 anos este ano (2025), é uma vitória emblemática que será celebrada com entusiasmo e orgulho durante esta e as futuras edições da SEMAI.

      Programação

      Na programação, teremos palestras, mesas redondas, oficinas e apresentações culturais, como o ritual “Toré”, trazido pelos povos do Nordeste, assim como a alegria expressada através das danças dos povos do Norte, somada a tudo isso os envolventes cantos e batuques dos povos do Sudeste e Centro-Oeste.

      As mesas contarão com a presença de membros da Associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (AAIUnB), lideranças indígenas e profissionais especializados em cada área para aprofundar o debate em cada temática. As mesas de palestras terão duração de 1h.

      Esse será um momento de integração e importantes debates entre os estudantes indígenas, a comunidade acadêmica, as instituições governamentais e demais públicos externos presentes no evento.

      Esse evento celebrará também as nossas conquistas como universitários indígenas, pois será um espaço voltado para o compartilhamento das vivências dentro da universidade, por meio de apresentações orais, exposição de trabalhos acadêmicos entre outras atividades.

      Nesse contexto, a SEMAI representa não apenas um momento de celebração, mas também um espaço para reflexão sobre os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas na busca por reconhecimento e respeito, tanto dentro quanto fora dos muros acadêmicos. É através de eventos como este, que reafirmamos o compromisso com a promoção da diversidade e o respeito às culturas originárias, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva.

      Mais informações: (61) 99802-1754 – aaiunb@gmail.com

      ATL 2025: A maior mobilização indígena do Brasil será realizada de 7 a 11 de abril

      ATL 2025: A maior mobilização indígena do Brasil será realizada de 7 a 11 de abril

      A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) divulga as datas do Acampamento Terra Livre (ATL), considerado o maior encontro indígena do Brasil, acontecerá em Brasília entre os dias 7 e 11 de abril de 2025. O evento reunirá milhares de indígenas de diferentes etnias e regiões do país para fortalecer a luta por seus direitos, com foco em temas como a demarcação de terras, a defesa contra o marco temporal e a garantia de políticas públicas que respeitem e valorizem os povos originários.

      Este grande encontro será um espaço de resistência, diálogo e celebração das culturas indígenas, além de trazer à tona temas fundamentais como a proteção ambiental, saúde dos povos originários e o combate às ameaças aos direitos indígenas.

      Cultura e Luta: O ATL é também um momento de troca de saberes, manifestações culturais e união das vozes que defendem a ancestralidade e o futuro.

      Além de um espaço de reivindicação, o ATL também promove a troca de saberes culturais e tradicionais, reforçando a importância da diversidade indígena para o Brasil e para o mundo.

      A ATL 2025 tem como objetivo principal fortalecer a luta pelos direitos indígenas, buscando a garantia da autodeterminação, a demarcação de terras, a proteção ambiental e o acesso à justiça.

      • Garantir a demarcação e a proteção de terras indígenas, combatendo a invasão de terras e a exploração ilegal de recursos naturais.
      • Fortalecer a autonomia e a autodeterminação dos povos indígenas, assegurando o direito à cultura, à língua, à educação e à saúde.
      • Promover o diálogo e a articulação entre os povos indígenas e a sociedade civil, buscando construir uma agenda comum de defesa dos direitos indígenas.
      • Mobilizar a sociedade brasileira para a causa indígena, sensibilizando a população sobre a importância da proteção dos direitos indígenas e da valorização da cultura indígena.

      Considerada a maior assembleia do movimento indígena no Brasil, a 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL) será marcada pela construção coletiva de seu tema e programação. A definição será realizada em parceria com as sete organizações de base que compõem a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). São elas:

      • Apoinme: Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo
      • Arpinsul: Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul
      • Arpinsudeste: Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste
      • Comissão Guarani Yvyrupa
      • Coiab: Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
      • Conselho do Povo Terena
      • Aty Guasu: Assembleia Geral do Povo Kaiowá e Guarani

      Essa construção coletiva reflete a diversidade e a força das articulações indígenas no país, garantindo que o ATL 2025 aborde as demandas prioritárias e fortaleça a luta pelos direitos e pela preservação dos territórios tradicionais.